O Brasil ensaia uma guinada na economia e, para isso, tem buscado maneiras para tornar o país ainda mais competi­tivo no mercado externo. A buro­cracia é um problema histórico que atinge os mais variados setores da nossa economia, porém, felizmen­te, no comércio exterior, algumas medidas tentam vencer este obstá­culo. A boa notícia é que nos últi­mos anos a Receita Federal passou a se preocupar mais em tornar a compra e venda de produtos cada vez mais velozes. No fim de 2018, por exemplo, o órgão deu uma ex­celente cartada ao iniciar gradual­mente a implantação da Declaração Única de Importação (Duimp), que aprimorou o despacho de importa­ção.

Para se ter uma ideia, a medida di­minui o tempo de fluxo da carga e com uma melhor gestão de riscos. Com o novo modelo de prestação de contas, o período que se leva para concluir uma operação foi reduzido consideravelmente. Isso significa que mais negócios podem ser ge­rados e a movimentação ampliada. A medida hoje está na fase piloto, mas assim que entrar em vigor, provavelmente neste ano, o novo processo de importação deve bene­ficiar cerca de 40 mil empresas, o que significa que as operações mais seguras e rápidas devem colocar o Brasil em uma melhor posição no comércio exterior. Além disso, se espera que os custos financeiros na operação sejam reduzidos. Afinal, a carga deve ficar armazenada em recinto alfandegado por períodos mais curtos. Outro fator favorável, como já citado, é a segurança, pois a gestão de riscos será antecipada. Muitas mercadorias desembarcarão aqui no Brasil já com a definição do nível de conferência aduaneira.

Diante desta iniciativa significativa da Receita Federal, é uma satisfa­ção ver que mudanças estão sen­do propostas para ampliar a par­ticipação das empresas brasileiras nas trocas globais, incrementando o nível de operações de comércio exterior. Com certeza, o resultado virá na geração de empregos e na economia do nosso país, benefi­ciando a todos.